sexta-feira, 20 de junho de 2008

ELA FAZ DE CONTA


Ela ainda ronda meu quarto, minha casa, meu mundo, minha vida.Persegue meus sonhos e meus devaneios, etéreos e impossíveis, mas meus.
Ela faz de conta que saiu da minha vida, mas acredita que ainda estou do seu lado.A seu redor, quando na verdade nem existo mais.
Ela finge minha presença, vaga lembrança de um sentimento límpido, puro, que talvez só tenha existido realmente no meu infinito universo particular.Mera confusão de realidades. Talvez isso nem tenha acontecido.
Eu recolho meus cacos, juntos os pedaços, e reconstruo meu mundo, agora nem tão infinito, e nem tão particular, mas assim mesmo, muito, muito meu.
Sinto um gosto amargo diluir-se por minha boca, a mesma boca que nunca a ela pertenceu, pois assim livre, de toda a castidade mentirosa que insistimos em provar para o mundo,livre de correntes e grilhões orgulhosos, eu algum dia possa realmente ser luz.

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