terça-feira, 11 de novembro de 2008

Exupéry é que estava certo...


"É o tempo que perdemos com alguém, que torna esse alguém importante pra
nossa vida! "

Não se pode amar alguém, sem se perder tempo com ele.
Todos sonhamos com um amor paixão, com um amor sentimento e com um amor
amizade. Todos, sem exceção, mas só os privilegiados chegam lá. E não são
privilegiados porque chegam, mas chegam porque são privilegiados... enxergam
com olhos que vêem pra dentro, além das aparências, além do visível! São os
fortes os vencedores no amor!

Homens são, como dizia alguém, seres estranhos; ouvem Chopin, recitam
Tagore, encantam-se com as estrelas e depois se matam!

Como pode o ser humano, ser tão tolo? Como pode deixar passar a chance de
ser feliz no amor?

Tenho pra mim, e não é de hoje, que a vida só vale a pena ser vivida se
envolvida na vida de outra vida. Serei eu a única pessoa neste mundo a
valorizar o amor? Serei a única pessoa a enxergar que quase sempre jogamos
pelo ralo um grande amor por preguiça de lutar por ele? Será que só eu,
apenas eu, sei ver com os olhos do coração?

Fazer a música tocar até o fim, perder-se em outro alguém, sem perder-se de
si mesmo.

"How do you keep the music playing" canta Tony Bennet...

Coisa difícil aos comuns mortais, sempre tão ligados à matéria, aos deveres,
sempre a olhar pra baixo em direção ao seu próprio umbigo... nunca sonhar
com as estrelas, nunca olhar além do arco-íris... "over the rainbow"... é lá
que se encontra o nirvana... e quantos chegam tão perto e o perdem porque
se detém em atalhos sem brilho próprio... ou com brilho enganoso!

Ah! As almas humanas... embranquecem e se deixam murchar.

Não vou aceitar viver uma vida sem sonhos.
Não vou aceitar jamais viver uma vida medíocre de mesmice e cotidianidade
sem esperança.

Adoro o cotidiano, mas aquele cotidiano rico de alegrias, de sonhos, de
tentativas mesmo que nelas se quebre a cara.

Pior que não sofrer é ter um coração vazio, sem lugar pro inesperado, pra
mágica das palavras, pros sentimentos densos, intensos, sem senso...

Quem quer saber de senso em se tratando de amor? Amor com senso não tem
consenso, tem pasmaceira e chatice.

Amor não tem medida, pois não cabe em si... pra ser amor invade e fim.

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